sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A UFABC e os rankings universitários

Em apenas oito anos a UFABC já construiu uma reputação de excelência acadêmica que a posiciona entre as melhores universidades brasileiras. Nossos resultados e indicadores colocam a UFABC como formadora de profissionais altamente qualificados, e produtora de pesquisa em nível internacional. Tudo isso é corroborado pelas diversas avaliações às quais a UFABC se submete, bem como à sua colocação nos principais rankings universitários.
A primeira vez que a UFABC figurou em um ranking internacional foi em 2010, o que rendeu manchete em nosso site: "UFABC aparece em ranking internacional". A menção no ranking Scimago foi motivo de grande orgulho, principalmente pois ele nos colocava com um excelente desempenho com relação ao impacto da produção científica.
No ano seguinte a notícia já era mais auspiciosa, indicando o avanço da UFABC para a posição 2401 no ranking Webometrics, que analisa universidades no mundo inteiro. Essa posição avançou para 1690 em 2012, colocando a UFABC entre as 7% melhores instituições de ensino superior do mundo.
Em 2012 a UFABC também recebeu os resultados da avaliação de seus cursos de graduação pelo MEC, incluindo a avaliação do ENADE. Para nossa satisfação, a UFABC recebeu nota máxima no IGC (índice geral de cursos). Das 2136 instituições de ensino superior brasileiras analisadas, somente 27 obtiveram nota máxima, colocando-nos na elite acadêmica brasileira. Além disso, diversos dos cursos avaliados foram classificados entre os melhores de sua área no Brasil.
Ainda no ano de 2012 a UFABC voltou a se destacar em rankings internacionais como o Scimago e também apareceu muito bem colocada na primeira edição do Ranking Univesitário da Folha (RUF).
A partir de 2013 passamos a ostentar resultados que nos colocavam na liderança em alguns quesitos levantados pelos rankings internacionais. No Scimago deste ano aparecemos como líderes universitários dentro do Brasil no quesito NI, que mede o quanto nossas publicações são citadas. Este índice está diretamente relacionado ao impacto da pesquisa aqui realizada. No RUF aparecemos como primeiro colocado no quesito Internacionalização.
Apesar da quantidade de resultados positivos, ainda existiam dúvidas relacionadas a esses índices. A UFABC possui grupos de pesquisa que participam de grandes colaborações internacionais, que chegam a publicar centenas de artigos de alto impacto por ano, usualmente com centenas de autores em cada artigo. Este fato poderia inflar nossos resultados.
Esse questionamento permaneceu aceso até o ano de 2014, quando foi lançado o ranking CWTS, organizado pela Universidade de Leiden. Este ranking utiliza uma base de dados diferente dos rankings anteriores, e também normalizava o peso de cada artigo publicado pelo número de autores. Mesmo com essas modificações, a UFABC permaneceu como uma das líderes nacionais na quantidade de citações de nossos artigos.
Em 2014 também recebemos a excelente notícia de que todos nosso bacharelados interdisciplinares, bem como muitos de nossos cursos, haviam sido avaliados pelo MEC com nota 5, que é o maior índice possível. Para finalizar, o RUF de 2014 nos colocou novamente como a mais bem colocada universidade brasileira no quesito internacionalização, bem como mostrou um avanço significativo na classificação geral, chegando à 40a posição.
Sabemos que cada ranking possui maneiras diferentes de avaliar as instituições de ensino e pesquisa. Desta forma, o bom desempenho em um único ranking não necessariamente indica o nível de excelência de uma instituição. A UFABC, entretanto, demonstra estar muito bem colocada em um grande número de rankings diferentes e com critérios distintos. Desta forma, é inegável seu avanço em direção à excelência acadêmica.
Todos os resultados elencados acima, tanto os dos cursos como os relacionados à pesquisa ou os que avaliam a Universidade como um todo, mostram que a UFABC não veio para ser coadjuvante no elenco de universidades nacionais. Viemos para figurar entre as melhores, e para formar estudantes e produzir pesquisa em nível de excelência. Esses resultados demonstram inequivocamente que a comunidade UFABC tem realizado um excelente trabalho. Devemos continuar neste passo para podermos oferecer o ensino e a pesquisa de alta qualidade que tanto falta ao nosso país.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ABC é líder acadêmico



A região do ABC está acostumada a ser líder no cenário nacional. Liderou como símbolo do desenvolvimento industrial brasileiro; liderou o processo de sindicalização da força operária. Por muito tempo, entretanto, foi relegada a papéis secundários no que tange o desenvolvimento acadêmico, do ensino e da pesquisa nacionais.

Mas essa história está mudando. No início do mês de dezembro, o Ministério da Educação divulgou a avaliação de 2.136 instituições de ensino superior. Segundo esta avaliação, a Universidade Federal do ABC  (UFABC) foi classificada como a segunda melhor universidade brasileira. Somente 27 instituições atingiram a nota 5, conceito máximo na avaliação, que indica a excelência de suas atividades.

Esses resultados aparecem no momento em que a UFABC completa seis anos de fundação. Alguns de seus cursos, como Engenharia de Materiais, Engenharia Ambiental e Urbana, Bacharelado e Licenciatura em Matemática e Química, aparecem como os melhores cursos do Brasil em suas áreas. Dos 13 cursos da UFABC que foram avaliados, dez estão entre os três primeiros do País.

Na UFABC os estudantes se deparam com um projeto pedagógico inovador, adaptado às demandas do mundo moderno. Durante os três primeiros anos, os alunos são matriculados nos Bacharelados Interdisciplinares em ‘Ciência e Tecnologia’ ou em ‘Ciências e Humanidades’. Após terem mais maturidade, escolhem o curso de formação específica que desejam seguir. Os resultados do MEC demonstram que esta é uma fórmula de sucesso, capaz de formar excelentes profissionais. A UFABC foi pioneira neste modelo, hoje implementado em mais de uma dúzia de universidades federais.

Além disso, a UFABC reserva, desde o seu primeiro ano, 50% de suas vagas para alunos cotistas. Os resultados da avaliação do MEC também demonstram que não há dicotomia entre a inclusão social e a excelência acadêmica. As cotas não diminuem a qualidade do ensino de uma instituição.

O resultado destas avaliações vêm coroar o trabalho desenvolvido na UFABC durante os últimos seis anos. Representa o esforço de sua comunidade na busca da excelência acadêmica, a fim de ajudar a colocar a região do ABC de volta à liderança do desenvolvimento brasileiro.






sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quem quer ser professor?

A greve dos professores das universidades federais, iniciada no mês de maio, expõe um pequeno pedaço de uma grave crise nacional: o desprestígio do magistério.

Nossos jovens não almejam seguir a carreira de professor, principalmente por causa dos baixos salários e das precárias condições de trabalho.

Nas últimas décadas, nossa sociedade tem caminhado para um consenso sobre a importância da educação para o desenvolvimento do país. Sabe-se que a evolução da educação afeta diretamente áreas como saúde, segurança e saneamento. Cidadãos com mais anos de estudo tendem a cuidar melhor de si mesmos e do ambiente onde vivem.

Essa visão se consolida no momento em que se discute o novo Plano Nacional de Educação (PNE), mas retrocede ao colidir com barreiras para se destinar um mínimo de 10% do PIB brasileiro para essa área até o ano de 2020.

Sem a valorização da carreira docente corremos o risco de não termos mais professores para nossos filhos e netos nas próximas décadas.

Nas escolas de ensino fundamental e médio, o número de jovens professores tem diminuído; sobram vagas para docentes nos grandes centros e candidatos reprovados em concursos públicos são contratados para suprir essa carência; a procura por cursos de licenciatura nas universidades é muito baixa; o número de formandos está muito aquém do necessário, principalmente nas ciências exatas, como Física, Química e Matemática.

Em faculdades particulares, turmas são fechadas devido à falta de alunos. Isso ocorre mesmo com incentivos do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).

A situação não é diferente quando analisamos a situação dos professores universitários: faltam profissionais preparados em muitas áreas do conhecimento. Aqueles que devem formar os novos professores também são mal remunerados.

Nossos governantes tem mostrado, nos últimos tempos, todo seu arrojo, objetividade e coragem ao encarar de frente problemas sérios do cenário nacional.

Foi concedido recentemente aumento de 14% ao salário mínimo, muito acima da inflação, dando melhores condições de vida a milhões de brasileiros; diminuíram os lucros exorbitantes dos bancos, afetando um dos setores mais poderosos de nossa economia; foram alteradas as regras da poupança, porto seguro da classe média.

Já mostramos que, quando desejamos, temos capacidade e audácia para mexer em pontos críticos. Deveríamos, portanto, trabalhar em prol da valorização da carreira docente, desde a educação básica até a superior, incentivando nossos jovens a seguirem nesse rumo. Apesar disso não resolver todos os problemas da educação, certamente é um importante passo.

Alguns argumentam que, em muitos estados e municípios, faltariam recursos para tal valorização. Se for o caso, busquem-se empréstimos a serem pagos em longo prazo.

Afinal de contas, todos sabemos que a educação é um ótimo investimento, com rendimento garantido pela melhora direta da condição econômica e social da população.