domingo, 29 de novembro de 2009

E os laboratórios?

Nos últimos debates entre os candidatos a Reitor, ficou evidente a preocupação da plateia com relação aos laboratórios de ensino e pesquisa dentro da UFABC. Essa preocupação é dividida por todos os docentes, bem como nossos alunos de graduação e pós-graduação. Esse é certamente um problema importante, visto que nos dispusemos a ser uma Universidade com um grande enfoque em Ciência e Tecnologia. Não se faz Ciência e Tecnologia sem laboratórios modernos.
A situação hoje certamente não é adequada, mas isso deverá ser parcialmente revertido quando tivermos todos os prédios projetados para nossos Campi. Deve ser notado, entretanto, que a demanda por espaço de laboratórios deve continuar crescendo, á medida que novas tecnologias são desenvolvidas e que novos grupos de pesquisa são formados.
O Programa de Pós-Graduação em Nanociências e Materiais Avançados, que coordeno, já propôs a construção de um novo prédio de laboratório. Devemos ter em mente que esses prédios devem ser planejados para serem Laboratórios de Ensino e Pesquisa, e não prédios adaptados como os que dispomos hoje. Nosso objetivo inicial com esse projeto era utilizar a "Lei do Bem da Ciência", que dá benefícios fiscais a empresas que investem em Ciência e Tecnologia. Com o surgimento da crise global nos últimos anos, essa possibilidade foi ofuscada. Buscamos adaptar o projeto ao CT-Infra da FINEP, mas o projeto não foi aprovado na escolha dentro da UFABC.
Esse certamente é um assunto que sensibiliza todos na UFABC. Devemos, entretanto, ter responsabilidade para saber dos limites do que pode ser prometido. A UFABC deve buscar recursos junto aos órgãos federais e a empresas para viabilizar esses projetos. Entre as possibilidades estão o MEC, MCT, além de empresas. O ideal, nesse caso, seria utilizar recursos do governo federal para adquirir novas áreas nas redondezas do Campus de Santo André, e construir os prédios com recursos de projetos de nossos docentes, vinculados a empresas e usando a Lei do Bem da Ciência. Nas redondezas da UFABC há vários terrenos disponíveis como, por exemplo, um grande terreno quase em frente ao Hotel Ibis de Santo André.
A montagem de novos laboratórios certamente ocorrerá, independente dos dirigentes que estiverem á frente da UFABC. Não se faz Ciência e Tecnologia sem laboratórios!

Qual o papel do Vice-Reitor?

Segundo o Estatuto da UFABC, o Vice-Reitor substitui o Reitor nas suas faltas e impedimentos. Além disso, segundo nosso Regimento, o Vice-Reitor deve exercer as atribuições definidas nos atos de delegação baixados pelo Reitor. Dessa forma, estou disposto a trabalhar junto ao nosso novo Reitor, ajudando-o a comandar a UFABC.

Caso eleito, eu certamente me colocarei a disposição do novo Reitor para assumir as tarefas designadas por ele. Creio, também, que como Vice-Reitor poderei assumir uma posição estratégica para fomentar o diálogo entre os centros, de forma a buscarmos metas conjuntas para o desenvolvimento dos nossos projetos. A consolidação da interdisciplinariedade da UFABC passa necessariamente pelo diálogo entre os três centros e, para isso, é fundamental que os dirigentes tenham boa relação com esses.

Nos projetos que desenvolvi dentro da UFABC, como a pós-graduação em Nanociências, fica claro que já coordenei projetos envolvendo mais de um centro. O sucesso da UFABC passa necessariamente por esse caminho.

domingo, 22 de novembro de 2009

Debate de candidatos a Reitor

Quinta-feira tivemos o primeiro debate entre os dois candidatos a Reitor da UFABC. Impressionou o número de pessoas que foram assistir ao debate. A sala 402, que é enorme, estava lotada, com muitas pessoas em pé no fundo da sala.

Impressinou também o currículo do Prof. Helio Waldman. Demonstra grande experiência em administração, além de ter um perfil científico muito elevado. É bolsista de produtividade nível 1B do CNPq. Trata-se de um engenheiro de altíssimo padrão.

Sua apresentação foi bastante clara, indicando metas específicas a serem obtidas durante seu mandato. Compartilho diversos dos valores propostos por ele: interdisciplinaridade, qualidade de gestão, responsabilidade, descentralização e planejamento participativo.