terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Candidato a Reitor
Cadê o BCH?
domingo, 6 de dezembro de 2009
O caso da “Kent University”
A Universidade de Kent foi fundada em 1959 na cidade de Canterbury, Reino Unido. Ela foi concebida para ser uma Universidade diferente das demais. Em 1963, pouco depois de sua fundação, importantes jornais noticiavam sobre as novidades propostas para essa Universidade. O “The Times” dizia que: “University Of Kent Sets Out To Be Different - Emphasis On Collegiate-Based Life. The Times. 4 April 1963.”
Essa Universidade possuía três faculdades: Ciências, Humanidades e Ciências Sociais, e não possuía departamentos. Ela era inovadora pois pregava uma forma de atuação interdisciplinar entre as três faculdades e entre diferentes profissionais. Todos alunos ingressavam através de um ciclo básico, fazendo estudos interdisciplinares por três anos para, após, se especializarem na carreira que desejariam seguir. A Universidade também pregava conceitos diferenciados em sua avaliação: os conceitos eram A, B, C e D, onde o D significava uma aprovação condicional. Será que essa descrição lembra os colegas de algo? Claro! Isso nos remete diretamente à nossa UFABC. Nosso projeto inovador no Brasil já era discutido em 1960 na Universidade de Kent.
Faço questão de mencionar a Universidade de Kent devido aos rumos que ela tomou. Nos dias de hoje, essa Universidade não mais tem o ciclo básico, os cursos são todos disciplinares e possuem mais de 15 departamentos espalhados por diversas faculdades e escolas. O projeto inovador não foi mantido. Parte disso se deve ao formato do ensino médio do Reino Unido: muitos alunos optam por se especializarem em algumas áreas já no nível médio. Dessa forma, quando entravam no ciclo básico, muitas das disciplinas ofertadas não ofereciam um nível compatível com o esperado por esses alunos.
A lição deixada por essa Universidade deve ser cuidadosamente analisada por nós, para que não repitamos o que aconteceu lá. Devemos manter nosso compromisso com o projeto pedagógico original da UFABC, para que possamos nos diferenciar das outras grandes instituições de São Paulo.
Depoimento do Prof. Herculano Martinho
Herculano Martinho
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Apresentação no segundo debate
Gostaria de iniciar essa conversa com a comunidade da UFABC fazendo uma afirmação que pode ser óbvia para muitas pessoas. O interessante, entretanto, é que, apesar de óbvio, muitos se esquecem disso em alguns momentos. Eu gostaria de lembrar a todos sobre o principal objetivo da Universidade: todos nós estamos aqui por causa dos estudantes.
Temos muitos colegas que acabam se envolvendo exclusivamente com um tipo de atividade, muitas vezes postas por necessidades da própria instituição. Alguns acabam cuidando somente de burocracias administrativas, outros focam na construção da infraestrutura da Universidade, enquanto outros preferem se dedicar somente a atividades de pesquisa, por exemplo, sem que haja interação com nossos alunos através de atividades de ensino de graduação, pós e extensão, nem a orientação de alunos em todos os níveis. Entendo que isso, por vezes, se torna necessário, e a Universidade não existiria sem o ‘sacrifício’ dessas pessoas pela Universidade.
No meu ponto de vista, entretanto, esse perfil não é o mais adequado para ocupar a posição de vice-reitor da UFABC. Precisamos de pessoas que tenham contato com a comunidade, e demonstrem competência evidente nos diversos segmentos da universidade. O cargo de Vice-Reitor é um cargo acadêmico, e não um cargo político-burocrático.
O ensino, como falei, deve ser prioridade total de qualquer administração. A avaliação dos docentes e dos alunos deve ser constante, de forma a tentar otimizar os processos de ensino dentro da Universidade. Muitos falam sobre problemas nessas áreas. Esses realmente existem, dados os relatos de alguns alunos. Mas qual a real extensão disso? Qual a real porcentagem de alunos que acham a aula de um dito professor muito ruins? Sem termos uma avaliação completa dos docentes, feita pelos discentes, torna-se difícil a realização de uma proposta sólida para o resolver o assunto.
Devemos lembrar que o ensino estende seus tentáculos também para outros segmentos, além da graduação. A pós-graduação também tem fundamental importância nesse quesito, juntamente com a pesquisa, que é feita, em sua maioria, por alunos de pós-graduação. A pós-graduação deverá ser um terreno muito fértil para a UFABC, que deve expandir bastante seus cursos de Mestrado e Doutorado. A consolidação da carreira de um docente necessita que estes tenham orientado alunos nos mais diversos níveis. Além disso, temos um dever para com a região e para com nossos próprios alunos de graduação, de dar oportunidades para que esses se especializem.
Na extensão, o foco deveria ser um pouco mais direcionado para interações com instituições locais, como escolas, prefeituras, ONGs e empresas. Creio que esse também seja um segmento onde muito ainda possa ser feito.
A pesquisa, para finalizar, talvez seja um dos temas mais complexos de ser discutido, devido a dificuldade em compararmos as atividades de diferentes grupos. No ensino isso é mais simples: o ideal seria que cada docente, independente da área na qual trabalha e do centro ao qual pertence, desse em média o mesmo número de horas que seus colegas. Na pesquisa isso é mais complexo. Temos diversas formas diferentes para fazer isso. Há o ‘parâmetro H’, o número de citações, o número de artigos, matérias em jornais, quantidade de alunos de IC, mestrado e doutorado formados, o sucesso que esses alunos tiveram, a quantidade de verbas que esse pesquisador consegue angariar e, talvez mais importante que todos esses, o impacto que seus projetos têm na comunidade. É importante notar, entretanto, que esses parâmetros normalmente são bons para comparar pessoas com perfis semelhantes. Não podemos utilizar, por exemplo, o parâmetro H para comparar um Biólogo com um Filósofo! Nem um engenheiro eletricista com um matemático. A solução, nesse caso, é uma análise feita por nossos pares, seguindo critérios comuns para uma determinada área. O CNPq possui comitês de assessoramento de praticamente todas as áreas. Como você se compara aos critérios do seu comitê de área? Certamente alguns não concordam com os critérios dos comitês de assessoramento, mas penso que eles refletem a opinião de cada área.
Por fim, gostaria de mencionar o tema ‘administração’, que se refere diretamente ao que estamos concorrendo aqui. Observamos, no último ano e meio, um aumento significativo na transparência das tomadas de decisão na UFABC. Esse caminho não pode, de forma alguma, ser revertido. Observamos recentemente a eleição de novos diretores de centro, de conselhos de centro e dos conselhos superiores. Isso demonstra claramente a democratização da UFABC. Penso que alguns outros objetivos que deveriam ser perseguidos são a descentralização da administração, e a desburocratização do sistema. A nova direção também deverá trabalhar arduamente para equiparar os quadros de servidores e alguns outros indicadores aos de outras instituições federais. Nisso se inclui uma equiparação da relação docente/TA e também uma equiparação dessa relação com o número de CDs e FGs concedidos.
Para finalizar, acredito que com vontade, disposição, transparência, responsabilidade e competência, conseguiremos atingir todos os grandes objetivos uma vez propostos para a UFABC.
domingo, 29 de novembro de 2009
E os laboratórios?
Qual o papel do Vice-Reitor?
Segundo o Estatuto da UFABC, o Vice-Reitor substitui o Reitor nas suas faltas e impedimentos. Além disso, segundo nosso Regimento, o Vice-Reitor deve exercer as atribuições definidas nos atos de delegação baixados pelo Reitor. Dessa forma, estou disposto a trabalhar junto ao nosso novo Reitor, ajudando-o a comandar a UFABC.
Caso eleito, eu certamente me colocarei a disposição do novo Reitor para assumir as tarefas designadas por ele. Creio, também, que como Vice-Reitor poderei assumir uma posição estratégica para fomentar o diálogo entre os centros, de forma a buscarmos metas conjuntas para o desenvolvimento dos nossos projetos. A consolidação da interdisciplinariedade da UFABC passa necessariamente pelo diálogo entre os três centros e, para isso, é fundamental que os dirigentes tenham boa relação com esses.
Nos projetos que desenvolvi dentro da UFABC, como a pós-graduação em Nanociências, fica claro que já coordenei projetos envolvendo mais de um centro. O sucesso da UFABC passa necessariamente por esse caminho.
domingo, 22 de novembro de 2009
Debate de candidatos a Reitor
sábado, 21 de novembro de 2009
Carta dos Técnicos Administrativos
Os Servidores Técnico-administrativos da UFABC promoveram um debate entre alguns candidatos a Vice-Reitor no dia 16/11. A conversa, no meu ponto de vista, foi muito interessante e produtiva, pois nos deu a oportunidade de escutar suas demandas e expor nossas ideias . Essa conversa demonstrou que os TA's estão mobilizados e organizados. Isso é muito desejável, pois possibilita que a opinião e a vontade dos TA’s seja levada as instâncias com poder para tomar decisões.
A sala onde o debate foi realizado estava lotada, demonstrando que essa organização não está localizada somente em alguns servidores. Alguns dias após o debate, recebi um documento, escrito pela CIS (Comissão Interna de Supervisão), e que continha perguntas elaboradas pelos TA’s. Uma pena que o documento não foi enviado antes do debate.
Gostaria de me posicionar acerca de alguns dos questionamentos elaborados. Noto, entretanto, que a grande maioria desses questionamentos tangencia um tema central, que é o Planejamento Institucional. Esse assunto é, sem dúvida alguma, extremamente importante, e deve ser discutido com participação de todos os setores da Universidade: docentes, técnico administrativos e discentes. Nosso último reitor, Prof. Fazzio, criou a Pró-Reitoria de Planejamento, que deve ter suas atividades intensificadas na próxima gestão. As questões de distribuição de FG’s e CD’s, junto com o organograma de todos órgãos da UFABC devem passar em algum momento pelo setor de planejamento. Acredito que a nomeação dos assessores da próxima reitoria seja o primeiro tema importante que demandará a atenção do novo Reitor e Vice, assim que tomarem posse. A distribuição desses cargos deverá ser transparente, seguindo o que for indicado nos organogramas propostos. Creio que temos, nos nossos quadros, servidores técnico administrativos capacitados para assumir cargos de direção junto a setores técnicos da UFABC como a Administração, Planejamento e Prefeitura.
Quanto ao dimensionamento do número de servidores, a Lei de Criação da UFABC indica que teremos 600 docentes e 456 técnicos administrativos. Creio que esses valores possam ser revistos. Com a criação do campus de São Bernardo, já houve mudanças nesses números. É importante frisar, entretanto, que o crescimento do número de TA’s e docentes deve seguir a capacidade instalada de infra-estrutura predial. Dessa forma, os números devem crescer à medida que novos prédios forem completados.
Os pontos citados pelos TA’s em sua carta demonstram claramente que suas maiores preocupações estão ligadas diretamente à otimização do funcionamento da UFABC, que é um desejo de todos. Percebe-se que nenhuma das demandas dos TA's é conflitante com o pensamento dos docentes. Dessa forma, tenho certeza que, se todos continuarmos pensando da mesma maneira, e lutando por um mesmo objetivo, a UFABC se tornará um excelente lugar para trabalharmos e para formarmos alguns dos melhores estudantes do Brasil.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Debates
Carta de apresentação
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Todos os professores, funcionários e alunos da UFABC possuem sua história de trabalho e dedicação, o que vem garantindo o crescimento da instituição como um todo. Nesse sentido, muitos estariam capacitados para ocupar cargos da administração superior e darem sua contribuição. De minha parte, resolvi submeter meu nome à Comunidade Universitária da UFABC como candidato a Vice-reitor.
Ao chegar à UFABC em 2006, fui indicado como Diretor Adjunto do CCNH pelo Prof. Silvio Salinas. Ocupei esse cargo até a saída do diretor. Por alguns meses, fiquei responsável pela direção do CCNH até o Prof. Adalberto Fazzio assumir. Após isso, dediquei-me exclusivamente ao Programa de Pós-Graduação em Nanociências e Materiais Avançados, programa que ajudei a criar e que venho coordenando desde o início. Esse programa incorpora o espírito interdisciplinar da UFABC e vem sendo muito bem recebido por toda comunidade universitária. Ao mesmo tempo, sempre participei ativamente das atividades de ensino de graduação e de pós-graduação, da pesquisa e da extensão, promovendo e coordenando eventos, no intuito de divulgar a UFABC em âmbito nacional e internacional.
Ao concorrer ao cargo de Vice-Reitor, gostaria de demonstrar minha grande vontade, disposição e energia em aplicar minha experiência para auxiliar o futuro Reitor a gerir a UFABC. Pretendo levar comigo as diretrizes que me guiaram até agora: o diálogo, a transparência e a imparcialidade na resolução de problemas e na busca dos caminhos da UFABC.
Reforço também minha consciência de que o papel do Vice-Reitor é apoiar a administração do Reitor, e ajudar a desenvolver seus projetos. Caso eleito, colocar-me-ei à disposição do novo Reitor, para que juntos possamos tornar a UFABC uma das melhores universidades do Brasil, buscando a excelência na formação de nossos bacharéis e licenciados, além de continuar desenvolvendo projetos de pesquisa de padrão internacional e projetos de extensão.
Coloco-me à disposição de toda a comunidade para conversar e dialogar, o que espero continuar fazendo, se eleito, durante o mandato.
Saudações Universitárias!
Gustavo Martini Dalpian