A greve dos professores das universidades federais, iniciada no mês de maio, expõe um pequeno pedaço de uma grave crise nacional: o desprestígio do magistério.
Nossos jovens não almejam seguir a carreira de professor, principalmente por causa dos baixos salários e das precárias condições de trabalho.
Nas últimas décadas, nossa sociedade tem caminhado para um consenso sobre a importância da educação para o desenvolvimento do país. Sabe-se que a evolução da educação afeta diretamente áreas como saúde, segurança e saneamento. Cidadãos com mais anos de estudo tendem a cuidar melhor de si mesmos e do ambiente onde vivem.
Essa visão se consolida no momento em que se discute o novo Plano Nacional de Educação (PNE), mas retrocede ao colidir com barreiras para se destinar um mínimo de 10% do PIB brasileiro para essa área até o ano de 2020.
Sem a valorização da carreira docente corremos o risco de não termos mais professores para nossos filhos e netos nas próximas décadas.
Nas escolas de ensino fundamental e médio, o número de jovens professores tem diminuído; sobram vagas para docentes nos grandes centros e candidatos reprovados em concursos públicos são contratados para suprir essa carência; a procura por cursos de licenciatura nas universidades é muito baixa; o número de formandos está muito aquém do necessário, principalmente nas ciências exatas, como Física, Química e Matemática.
Em faculdades particulares, turmas são fechadas devido à falta de alunos. Isso ocorre mesmo com incentivos do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).
A situação não é diferente quando analisamos a situação dos professores universitários: faltam profissionais preparados em muitas áreas do conhecimento. Aqueles que devem formar os novos professores também são mal remunerados.
Nossos governantes tem mostrado, nos últimos tempos, todo seu arrojo, objetividade e coragem ao encarar de frente problemas sérios do cenário nacional.
Foi concedido recentemente aumento de 14% ao salário mínimo, muito acima da inflação, dando melhores condições de vida a milhões de brasileiros; diminuíram os lucros exorbitantes dos bancos, afetando um dos setores mais poderosos de nossa economia; foram alteradas as regras da poupança, porto seguro da classe média.
Já mostramos que, quando desejamos, temos capacidade e audácia para mexer em pontos críticos. Deveríamos, portanto, trabalhar em prol da valorização da carreira docente, desde a educação básica até a superior, incentivando nossos jovens a seguirem nesse rumo. Apesar disso não resolver todos os problemas da educação, certamente é um importante passo.
Alguns argumentam que, em muitos estados e municípios, faltariam recursos para tal valorização. Se for o caso, busquem-se empréstimos a serem pagos em longo prazo.
Afinal de contas, todos sabemos que a educação é um ótimo investimento, com rendimento garantido pela melhora direta da condição econômica e social da população.
Em novembro de 2004, a Academia Brasileira
de Ciências lançou declaração propondo subsídios básicos para uma reforma da
educação superior no Brasil. Esse documento baseou-se no Manifesto de Angra, assinado por alguns dos mais destacados
intelectuais brasileiros.
À época, considerou-se que o modelo adotado
pelas universidades brasileiras era ultrapassado e uma reforma era urgente. A
situação reportada ainda persiste, uma vez que as principais diretrizes do
modelo universitário brasileiro na maioria das instituições são as mesmas há
várias décadas.
Entre os principais conceitos propostos,
estava o ingresso em três grandes áreas e cursos compostos por ciclos curtos.
As áreas são: Ciências Básicas e Engenharia; Ciências da Vida; e Humanidades,
Artes e Ciências Sociais. Outro fundamento é a construção de cursos com perfis
interdisciplinares, visto que apenas os profissionais com formação científica
sólida e interdisciplinar são capazes de se adaptar eficientemente às
exigências do mercado de trabalho. Mencionava, também, entre diversos outros
pontos, a inclusão social e a defesa da Universidade pública e de qualidade.
O documento também reporta a necessidade de
valorização dos princípios acadêmicos nas universidades, baseada na avaliação
do mérito por comissões de pares. O financiamento deve ser prioritariamente
público, mas também devem ser buscadas fontes alternativas, e a autonomia
acadêmica e financeira deve ser perseguida caso a caso.
Muitos dos fundamentos discutidos em 2004
foram implementados por meio da criação da UFABC, como no caso dos bacharelados
interdisciplinares e da ausência de departamentos. Ao analisar esse documento
vemos, entretanto, que a maioria dos princípios fundamentais da reforma proposta
ainda precisam ser perseguidos. A UFABC é, certamente, a Universidade Federal
com maior potencial para realizar esses ideais.
O Brasil e a Índia fazem parte do grupo de países conhecido
como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que têm se destacado
nos últimos anos pela importância econômica auferida em escala global. Apesar desse
ponto em comum, as relações bilaterais entre esses países ainda é bastante
tímida, principalmente quando analisadas pelo ponto de vista acadêmico.
Para tentar romper essas barreiras e desencadear o
desenvolvimento mútuo, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty e do
Ministério da Educação, organizou uma comitiva acadêmica com o objetivo de
prospectar oportunidades de interação entre universidades brasileiras e indianas.
A comitiva foi composta por 11 pessoas, entre representantes do MEC, do Itamaraty,
do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), além de Reitores,
Vice-Reitores e professores de universidades brasileiras. Essa comitiva contou
com o apoio da Embaixada da Índia no Brasil.
Entre os dias 26/11 e 07/12/2011, visitamos inúmeras
instituições de ensino, pesquisa e empresas na Índia. Passamos por três
cidades: Delhi, a capital indiana; Bangalore, conhecida como o ‘vale do Silício
indiano’, devido à quantidade de empresas de TI que lá estão instaladas; e
Mumbai, a maior cidade indiana. Um relato detalhado sobre as instituições
visitadas pode ser encontrado abaixo.
Um dos fatores que mais nos surpreendeu foi a pequena
quantidade de brasileiros que residem na Índia. Apesar de ser o segundo pais
mais populoso do mundo, com cerca de 1,2 bilhões de habitantes, a Índia conta
com somente algumas centenas de cidadãos brasileiros residindo lá. A população
flutuante é um pouco maior, principalmente porque as indústrias brasileiras já
descobriram o grande potencial desse país. Em nossos vôos encontramos inúmeros
brasileiros indo à Índia a trabalho, enviados por grandes empresas nacionais e
multinacionais.
As duas maiores dificuldades com relação à interação
acadêmica entre instituições indianas e brasileiras são a distância entre os
dois países e a diferença cultural. O primeiro obstáculo é óbvio e intransponível,
afinal, não podemos diminuir a distância geográfica. Podemos, entretanto,
utilizar modernos meios de comunicação para organizar debates, consultas e
teleconferências. O segundo problema depende de cada indivíduo. A Índia possui
religião diferente, culinária diferente, estrutura social diferente. Apesar
disso, alguns valores intrínsecos ao povo indiano podem favorecer o convívio: são
pessoas de fácil trato, amigáveis e com uma forte base familiar, semelhante ao
que ocorre no Brasil. Um ponto muito positivo, que facilita muito a interação,
é o fato do idioma oficial acadêmico ser o inglês, inclusive para aulas de
graduação.
Do ponto de vista de cursos de graduação, a Índia possui
excelentes universidades, que figuram, inclusive, nos rankings de melhores
instituições do mundo. Há escolas de excelência em campos específicos, como os
IIT’s (Indian Institute of Technology),
com um número limitado de alunos, que formam alguns dos melhores engenheiros e
cientistas do mundo. Há também universidades maiores, abrangendo todas as áreas
do conhecimento, como a University of Mumbai, que possui mais de 500.000
alunos. Uma lista das universidades visitadas pode ser encontrada ao final
deste texto.
No que tange à pesquisa científica, há instituições de
grande destaque que manifestaram interesse em colaborações bilaterais. Os IIS (Indian Institute of Science) possuem
pesquisadores de renome internacional, que produzem ciência de alto nível. Possuem
equipamentos de última geração, elevando-os a um patamar de competitividade
invejável. Em um dos laboratórios visitados, observamos dois equipamentos de
MBE (molecular beam epitaxy)
dedicados exclusivamente ao crescimento de cristais de GaN, um importante
material para a indústria de dispositivos semicondutores.
Ao final da missão, concluímos que o Brasil e a Índia têm muito
a ganhar em interações e colaborações mútuas. Há muito espaço na Índia para que
pesquisadores e professores brasileiros cooperem, por meio de intercâmbios de
curta e média duração. Da mesma forma, caso haja interação entre grupos de
pesquisa dos dois países, alunos de pós-graduação também poderiam enriquecer
muito sua cultura e experiência por meio de estágios ”sanduíche”.
Uma questão um pouco mais difícil, mas que promete preciosos
frutos, é a mobilidade de estudantes de graduação. O Brasil ainda engatinha
nesse quesito, mas o programa Ciência sem Fronteiras pretende mudar essa
realidade. Estima-se que a Índia tenha hoje doze vezes mais jovens estudantes
em universidades americanas do que o Brasil, o que demonstra que na Índia a
internacionalização já é uma realidade.
Apesar da diferença cultural, o Brasil e a Índia têm muitos
pontos em comum, e a cooperação acadêmica certamente renderá muitos frutos.
Sugerimos que pesquisadores estabelecidos entrem em contato com grupos indianos
para buscar novas colaborações, e que procurem enviar seus estudantes de
pós-graduação para estágios. No caso de alunos de graduação, esperamos que num
futuro próximo tenhamos editais específicos nessa direção, inclusive dentro do
programa Ciência sem Fronteiras.
Anexo I:
Relato oficial da
missão (elaborado pelo Itamaraty):
Realizou-se entre os dias 28 de novembro e 6 de dezembro
missão na área educacional, integrada por representante do Ministério da
Educação, reitores, vice-reitores e professores de oito universidades
brasileiras e pela Chefe da DCE.
2.A delegação cumpriu extensa agenda em Nova Delhi, Bangalore e Mumbai,
conforme relato a seguir.
3.Em Nova Delhi, a delegação reuniu-se com a Sra. Vibha Puri Das,
Secretária-Executiva do Departamento de Educação Superior do "Ministry of
Human Resources Development". A Sra. Puri Das e sua equipe mostraram
interesse em aprofundar a cooperação educacional com o Brasil. Para tanto, foi
citada a vigência do "Programa de Intercâmbio sobre Cooperação na Área de
Educação", firmado em 2006 entre os dois países e, sob seu amparo, a
implementação do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) com a Índia. A Sra. Puri
Das destacou que o CsF coincide com o 12º plano quinquenal do Governo indiano
para a Educação (vigência para o período 2012-2017) pois tem como foco
justamente a "internacionalização", por meio da consolidação de
antigas parcerias e do estabelecimento de novas.
4.Na sede da Educational Consultants India Limited (EdCIL), a delegação
brasileira foi recebida pela Diretora da instituição, Sra. Anju Banerjee. Em
apresentação sobre as funções da EdCIL, a Sra. Banerjee destacou que a empresa
foi estabelecida em 1981 e que possui larga experiência tendo feito o
"placement" de estudantes de cerca de 30 países. A EdCIL, que cobra
por seus serviços (cerca de US$ 250/estudante ao ano), colocou-se à disposição
para firmar Memorando de Entendimento com eventuais contrapartes brasileiras
(como CAPES ou CNPq), com vistas a concretizar a cooperação acadêmica pretendida
no âmbito do CsF. A Diretora lembrou, ainda, que a EdCIL poderia auxiliar na
análise para equiparação de currículos ou na elaboração de currículos e
disciplinas para atender a demandas brasileiras específicas. A delegação, por
sua vez, procedeu à apresentação do CsF e demonstrou interesse em programa
indiano de incentivo à pesquisa acadêmica dirigida desde a graduação.
Constatou-se que o Brasil poder-se-ia beneficiar de contato futuro com a EdCIL,
com vistas a facilitar o "placement" e a correspondência de
currículos na cooperação acadêmica com a Índia.
5.Foi visitado o "Indian Institute of Technology - Delhi"
(IIT-Delhi), centro de ensino de grande prestígio, que mantém sedes nas maiores
cidades do país. Entre as áreas de excelência do IIT-Delhi destacam-se as
engenharias e a tecnologia de têxteis. Em reunião com o Diretor do IIT,
Professor M. Balakrishnan, foi sugerido que a cooperação se iniciasse com o
intercâmbio de cinco pesquisadores brasileiros (PhD`s) e três indianos. A
iniciativa precederia eventual assinatura de acordo entre o IIT-Delhi e
instituições brasileiras.
6.A Universidade de Delhi, na qual estudam aproximadamente 80.000 alunos em
seus vários campi, mostrou interesse em receber Professor Visitante e dispôs-se
a isentar eventuais intercambistas brasileiros das taxas acadêmicas. A
cooperação poderia ter início com assinatura de Carta de Intenções, na qual
constassem as áreas de interesse, os níveis acadêmicos e as formas de interação
com a indústria. As aulas teriam início em julho de 2012.
7.A Universidade Jawaharlal Nehru, criada em 1966, prioriza os programas de
pós-graduação e pesquisa, com destaque para as áreas de nanotecnologia e
medicina molecular. Há interesse da instituição em receber alunos brasileiros
no âmbito do CsF, bem como em enviar estudantes das áreas de ciências
biológicas para o Brasil.
8.No "International Centre for Genetic Engineering and Biotechnology"
(ICGEB), foi proposta a realização de seminário Brasil-Índia, com a
participação da FIOCRUZ, nas áreas de tuberculose, malária e dengue, como
iniciativa de aproximação entre o corpo científico e acadêmico de ambos os
países. O ICGEB assinalou que não seria necessária a firma de MoU para o
intercâmbio de professores e alunos. Há interesse em programas conjuntos de
pesquisa, especialmente na área de saúde.
9.Em Bangalore, a delegação manteve encontros com representantes da Infosys, da
Universidade de Manipal, do "Indian Institute of Science-Bangalore",
do "National Aerospace Laboratories", do Instituto Reva e com o
Professor C.N.R Rao, Conselheiro do Primeiro-Ministro para assuntos científicos
e tecnológicos.
10.A Infosys é uma empresa indiana com excelência em programas de treinamento
para grupos nas áreas de tecnologia de informação, softwares e "cloud
computing". A instituição já mantém convênios com quatro entidades
brasileiras: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São
Paulo (USP), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Dom Cabral. Com moderna
infraestrutura, a Infosys tem capacidade para manter até 30.000 pessoas em
treinamento no campus. O principal resultado da reunião foi a perspectiva de
que a Infosys receba, para estágio, de 50 a 100 alunos brasileiros
participantes do CsF. É importante notar que a Infosys não concede títulos acadêmicos
("degree granting").
11.Os representantes da Universidade de Manipal receberam a delegação em hotel,
já que o principal campus está na cidade de Manipal. A Instituição tem
excelência nas ciências médicas e possui unidades em Antígua e Barbuda, Nepal,
Malásia e Dubai. Atualmente, 2.200 alunos estrangeiros, de 52 países, estudam
na universidade, que abriga a "melhor biblioteca de ciências da saúde da
Ásia".
12.O "Indian Institute of Science-Bangalore" é uma instituição
"industry oriented", que só oferece cursos de pós-graduação, com
ênfase nas áreas de engenharias, nanotecnologia, ciências da Terra, matemática
e física. Haveria interesse em desenvolver projetos conjuntos de pesquisa com
as instituições brasileiras, bem como em receber estudantes e pesquisadores
para cursos de curta duração, a exemplo dos "Summer Research
Programmes", de 6 meses.
13.O "National Aerospace Laboratories" (NAL) é uma instituição de
pesquisa aeroespacial e desenvolvimento tecnológico vinculada ao Ministério da
Ciência e Tecnologia. O NAL tem interesse em expandir a cooperação
internacional em aeronáutica civil e poderia estabelecer parcerias com o
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com a Empresa Brasileira de
Aeronáutica (Embraer) e com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Durante a reunião estabeleceu-se contato entre a NAL e a Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN) para cooperação no campo de energia eólica.
14.O Reva Institute está diretamente ligado à EdCIL e fez apresentação das instituições
que o compõem. O instituto oferece curso de inglês para estrangeiros e mantém
bem-sucedido programa de pesquisa com universidades da Espanha e de La Plata,
na Argentina.
15.A delegação foi recebida pelo Professor C.N.R. Rao, reconhecido cientista
indiano, condecorado pela Ordem do Rio Branco. O Dr. Rao expressou satisfação
pelos progressos havidos no âmbito do Conselho Científico Brasil-Índia,
co-presidido por ele e pelo Dr. Jacob Palis, da Academia Brasileira de Ciências
(ABC). Nesse sentido, sugeriu a criação de Conselho semelhante voltado à
cooperação educacional. A sugestão foi apresentada durante a V Reunião da
COMISTA Brasil-Índia. Os indianos foram convidados para a primeira reunião do
referido Conselho, que passará a ser chamado Grupo de Trabalho de Educação, por
sugestão brasileira. O encontro está previsto para fevereiro de 2012.
16.Em Mumbai, a delegação visitou o Indian Institute of Technology-Bombay
(IIT-Bombay) e a Universidade de Mumbai.
17.O IIT-Bombay é a instituição indiana com melhor colocação em rankings
internacionais. Dos 8.000 alunos do Instituto, 5.000 freqüentam cursos de
pós-graduação. Todos residem no campus, que conta com incubadoras e centros de
pesquisa. O IIT-Bombay destaca-se pela excelência em engenharias, pesquisas
fotovoltaicas e pela intensa colaboração com a indústria. Por ano, o Instituto
registra de 35 a 40 patentes e produz cerca de 1.100 publicações. Nos últimos
anos, o IIT tem desenvolvido, ainda, tecnologias apropriadas para áreas rurais.
18.O IIT-Bombay promove anualmente o "Techfest", maior festival de
ciência e tecnologia da Ásia. A delegação brasileira foi convidada para
participar do evento, entre 6 e 8 de janeiro de 2012, ocasião em que alunos e
professores poderiam apresentar trabalhos, sobretudo na área de robótica. A
UFMG e a UFRN deverão enviar representantes para o Techfest.
19.Por fim, a Universidade de Mumbai, mais antiga Instituição de Ensino
Superior do país, mostrou interesse em receber estudantes de pós-graduação. É
dedicada à pesquisa e tem excelência em nanotecnologia. A cooperação acadêmica
com o Brasil poderia ter início com negociação de MoU que estabelecesse áreas
específicas de estudo e pesquisa conjuntos.
20.Avalio positivamente a missão e entendo ter sido este o primeiro passo para
uma produtiva cooperação acadêmica entre os dois países. A delegação foi
recebida com muito interesse por todas as instituições e manifestou preferência
em iniciar colaboração em pós-graduação, sobretudo com os institutos indianos
de ciência e tecnologia."
Gustavo Martini Dalpian, casado, três filhos, nascido em Lajeado, RS, fez sua graduação em Física - Licenciatura Plena - pela UFSM e Mestrado e Doutorado em Física pelo Instituto de Física da USP. Fez pós-doutorado na área de Engenharia e Ciências de Materiais nos EUA entre 2003 e 2006. Em 2006 iniciou suas atividades como Professor Adjunto da UFABC. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq. Coordena projetos financiados pela FAPESP, CAPES e CNPq. Orienta, dentro da UFABC, alunos de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e pesquisadores de Pós-Doutorado. É Vice-Reitor da UFABC.